0341 - Hollywood - Kids In Glass Houses [2010]

Devoradora de homens. Anti Adele. Girl Power do século 21. Marina Lambrini Diamandis pode ser referida com algum desses termos, mas a cantora galesa de descendência grega que se lançou com o nome Marina and the Diamonds diz apenas não gostar de posar de vítima após uma desilusão amorosa. Por isso, aposta na mulher forte e independente em suas composições.

Seu álbum de estreia, The Family Jewels (2010), estreou na quinta posição da parada britânica. Desse trabalho, Hollywood foi lançada como segundo single. A boa letra é uma crítica sarcástica ao sonho hollywoodiano, onde tudo é tão perfeito quanto uma esposa americana da década de 1950.

"Hollywood infected your brain (Hollywood infectou seu cérebro)
You wanted kissing in the rain (Você queria beijar na chuva)
Living in a movie scene (Vivendo em uma cena de cinema)
Puking American dreams" (Vomitando sonhos americanos)

Na música, Marina também faz graça com sua semelhança física com Shakira (dos tempos em que era morena) e com o fato de ter a mesma nacionalidade da atriz Catherine Zeta-Jones (como na parte em que o segurança do aeroporto de Los Angeles dá uma cantada nela dizendo "Oh my God, you look just like Shakira/No, no, you're Catherine Zeta").



Surpreendentemente, antes de saber quem era Marina and the Diamonds, já conhecia Hollywood pela cover  dos também galeses Kids In Glass Houses. Embora a escolha do nome da banda não tenha sido das mais felizes, o grupo de indie rock traz boas canções em seu repertório. Formado em 2003 na capital Cardiff, o quinteto tem quatro álbuns na discografia, mas nenhum deles contém a cover de Marina and the Diamonds, que foi gravada durante o programa Live Lounge, da BBC Radio 1


A ótima versão do Kids In Glass Houses leva Hollywood a outro patamar. Enquanto a voz peculiar de Marina pode soar um pouco estranha para alguns, Aled Phillips muda um pouco a maneira de cantar e confere um vocal diferente daquele escutado nas músicas de sua banda, encaixando-se perfeitamente na cover. Musicalmente, ficou mais bem trabalhada, com riffs audíveis no refrão, que apareciam timidamente na canção original, e o violão, que dá o toque de versão acústica. É como se fosse desconstruída e nascesse novamente.


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