Assim como muitos, conheci o R.E.M. por meio de Out Of Time, disco que adoro ouvir do inÃcio ao fim – sem pular faixas – até hoje. Mas o álbum da banda de Michael Stipe, Mike Mills e Peter Buck (que na época ainda contava com o batera Bill Berry) que tenho muito apreço é Document – até mais que o clássico Automatic For The People.
Em 1999 adquiri Document juntamente com o clássico britânico Stones Roses, através de uma loja gringa, desembolsando algo em torno de 40 dólares no meu cartão de crédito. Cada centavo da bufunfa gasta com aquela aquisição era recompensada pela qualidade de composições como The One I Love e a “avassaladora trava lÃnguas” It’s The End Of the World As We Know (And I Fell Fine).
Mas em meio a tantas ótima faixas autorais, só recentemente descobri através da minha amiga Marianna Silva que havia uma cover desapercebida, quase que "escondida" em Document. A música Strange, quinta faixa do disco, é na verdade uma cover. A música foi originalmente gravada pela banda inglesa Wire.
Estranhamente diferente para os padrões da primeira onda de punk rock da segunda metade da década de 70 - onde tudo era muito rápido e cru - Strange mantém as guitarras sujas peculiar ao estilo, mas facilmente se diferencia das outras canções punk de sua época por estar num compasso mais lento, sem a mesma velocidade de outros rebentos.
Já a cover de Strange feita pelo R.E.M. chama a atenção por ser uma espécie de “makeover”. Além de contar com um potente backing vocal de Mike Mills - que dá um tom de “urgência” a canção - o R.E.M. conseguiu deixa-la num compasso menos "travado" que na original.
Existe uma versão ao vivo de Strange pelo R.E.M. apresentado num show da banda na Suécia em 1998 que vale a pena audição. Percebe-se que ao vivo é ainda mais rápida e, além disto, conta com a sonoridade de teclados em meio a "sujeira" sonora emitida pela guitarra de Peter Buck, Stipe cantando desafinado de propósito, ficando tudo muito mais interessante no final, sem mencionar a plateia saltitante no começo da apresentação dando um show a parte!
As conexões entre R.E.M. e Wire não foram motivos de pesquisa deste post. Mas isso não é relevante quando temos uma grande banda relembrando, compartilhando e homenageando sua influência! E numa cover tão boa como essa, que faz com que tenhamos mais vontade de conhecer o artista original, as conexões nem precisam ser pesquisadas. A cover fala por si só!
Estranhamente diferente para os padrões da primeira onda de punk rock da segunda metade da década de 70 - onde tudo era muito rápido e cru - Strange mantém as guitarras sujas peculiar ao estilo, mas facilmente se diferencia das outras canções punk de sua época por estar num compasso mais lento, sem a mesma velocidade de outros rebentos.
Já a cover de Strange feita pelo R.E.M. chama a atenção por ser uma espécie de “makeover”. Além de contar com um potente backing vocal de Mike Mills - que dá um tom de “urgência” a canção - o R.E.M. conseguiu deixa-la num compasso menos "travado" que na original.
Existe uma versão ao vivo de Strange pelo R.E.M. apresentado num show da banda na Suécia em 1998 que vale a pena audição. Percebe-se que ao vivo é ainda mais rápida e, além disto, conta com a sonoridade de teclados em meio a "sujeira" sonora emitida pela guitarra de Peter Buck, Stipe cantando desafinado de propósito, ficando tudo muito mais interessante no final, sem mencionar a plateia saltitante no começo da apresentação dando um show a parte!

gostei bastante da versão do r.e.m (qdo eu não gosto de rem?) e eles sempre fazem covers inusitadas.
ResponderExcluir