0457 - Vitamin C - Nicole Atkins [2010]


Filmes e séries costumam ser ótimas fontes de conhecimento musical. Aqui mesmo no 1001 Covers, já postei vários textos inspirados por alguma música, banda ou artista que conheci por meio de trilhas sonoras. 

Neste top cover não é diferente: estava assistindo a alguma série (ou filme) quando ouvi um som bacana e diferente. Imediatamente, ativei o Shazam (aplicativo que identifica o que está tocando) e descobri se tratar de Vitamin C, da banda alemã Can. Descobri também que é a música de abertura do filme Vício Inerente, de Paul Thomas Anderson, que eu havia visto no cinema em 2015.


Formado em 1968 na cidade alemã de Colônia, o Can fazia uma mistura de rock psicodélico, experimental e funk, em gênero que recebeu a alcunha de Krautrock. A diversidade musical do grupo se deve também à variedade étnica de seus integrantes: além de alemães, a banda contou com a contribuição de dois músicos norte-americanos, um japonês, um jamaicano e um ganês.

Vitamin C integra o álbum Ege Bamyasi (1972) e se tornou a canção mais famosa do Can, sendo considerada também a mais convencional do grupo. Entretanto, isso não quer dizer que seja uma música qualquer e muito menos simplista: ela é marcante e tem uma batida que faz com que soe como uma composição contemporânea. E é exatamente a atemporalidade que a torna o máximo. 


Revitalizar uma canção marcante e atemporal não é uma tarefa fácil, mas há quem aceite o desafio e consiga resultados admiráveis, como a cantora e guitarrista norte-americana Nicole Atkins. Lançada originalmente em 2010, como single no formato 7 polegadas (vinil), junto com a música Vultures, a cover de Vitamin C ganhou  uma versão digital este ano. Além de ampliar a divulgação do trabalho de Atkins, o lançamento também supre uma lacuna, já que o single havia esgotado há algum tempo. 


Em entrevista ao site WithGuitars, a cantora disse que gravou a música em 2010, em uma tarde no Retromedia, em Red Bank (Nova Jersey). "Recentemente, tocamos em nosso set ao vivo novamente e, por meio de tags no Instagram, notei que alguns dançarinos de break têm usado a minha versão em competições. Decidi que deveria lançá-la digitalmente para que mais pessoas possam ouvi-la e dançá-la com mais facilidade.” Ou seja, nunca menospreze aquela tag estratégica, pois quem sabe você estará chamando a atenção de seu artista favorito.

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